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Sofrimento e tranquilidade

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O Palmeiras entrou em campo precisando construir um resultado simples diante do Fluminense. E, na base da marcação adianta pressionando a defesa do tricolor carioca, conseguiu construir o resultado que precisava em dezessete minutos. Dois gols de Lucas Barrios, um aproveitando cruzamento de Robinho, e outro empurrando para o gol o rebote de um pênalti mal batido (talvez mal marcado?) por Zé Roberto.

Mas o Palmeiras ainda é um time em construção. E sua maior deficiência é a ausência de um meia que pare a bola, pense o jogo e esfrie o adversário nos momentos mais oportunos. O que torna o time de Marcelo Oliveira um tanto apressado em excesso. E o Fluminense passou a ter mais controle da bola. E do jogo.

Os cariocas também sentem falta de alguém que tenha um último passe decisivo. Cícero fica isolado no meio de campo, mas com opções de passe apenas para as laterais, para estes, tentarem achar Fred na área. Por isso, o Fluminense teve mais posse de bola, mas pouca criação.

Ainda assim, foi superior no fim do primeiro tempo e em boa parte do segundo. E a bola que Cícero sempre joga para as laterais do ataque encontrou Gérson, que cruzou para Fred, de cabeça, diminuir o placar no Allianz Parque e empatar o confronto direto.

Com tudo igual, a psicopatia tomou conta do jogo. Gérson teve três chances de fazer gol, Osvaldo outra, mas Prass estava lá. Do outro lado, Dudu fez um aos 44 do segundo tempo, mas foi bem anulado por impedimento.

E não teve jeito, a decisão foi para os pênaltis.

Foto: Cesar Greco/Fotoarena/Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Fotoarena/Palmeiras

E na marca de cal, prevaleceu quem treinou mais. Rafael Marques, Jackson, Cristaldo e Allione bateram muito bem as respectivas cobranças. Já o Fluminense só marcou com Jean. Gustavo Scarpa parou em Fernando Prass e Gum chutou para fora. A festa no Parque foi dos donos da casa.

Foto: Cesar Greco/Fotoarena/Palmeiras

Foto: Cesar Greco/Fotoarena/Palmeiras

O técnico Marcelo Oliveira chega à sua quarta final de Copa do Brasil em cinco anos. Foi vice em 2011 e 2012, pelo Coritiba, e em 2014 pelo Cruzeiro.

Em Santos, a situação do São Paulo era muito mais complicada. Tinha que marcar três gols na Vila Belmiro para começar a sonhar com uma reviravolta.

Doriva até tentou. Colocou uma formação extremamente ofensiva em campo, com Ganso e Michel Bastos na armação, e Pato, Kardec e Luís Fabiano no ataque. O problema é que, sabidamente, a marcação não é o forte desse quinteto. E os problemas são-paulinos vão muito além das quatro linhas, o que torna muito difícil o sucesso em qualquer competição. Ainda mais diante de um adversário talentoso e lúcido como o Santos.

E no contra-ataque, o Santos matou o confronto em 23 minutos, marcando os três gols que o São Paulo precisava fazer, duas vezes com Ricardo Oliveira e com um golaço de Marquinhos Gabriel. Poderia até ter feito mais um, não fosse a trave.

Foto: Santos FC

Foto: Santos FC

Mas decidiu levar o restante do confronto em banho-maria. Michel Bastos ainda descontou para o São Paulo, mas o tricolor paulista já deve arrumar a casa, arruinada por Carlos Miguel Aidar, e planejar 2016 para que não seja tão desastroso como foi 2015, quando se tornou a quarta força do Estado.

O Santos volta a uma final de Copa do Brasil depois de cinco anos. Em 2010, quando o time foi campeão, o técnico era o mesmo Dorival Júnior.

Com tudo isso, Santos e Palmeiras farão uma final justa de Copa do Brasil. Os jogos estão marcados para os dias 25 de novembro e 2 de dezembro. Favoritismo? Nenhum. O Santos joga um futebol muito mais vistoso, de fato. Mas não dá para descartar um time que deveria estar em construção e sempre chega nas decisões dos torneios que disputa. E vem mais quente, pelas dificuldades atravessadas no caminho. Como sabemos, mata-mata não vence o melhor. Vence quem tem mais fogo no olhar.



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